quinta-feira, 5 de abril de 2012

Grupo Arte do Bem visita idosos na Sociedade Mão Amiga

No último domingo (1º de abril), o Grupo Arte do Bem promoveu mais um encontro na Sociedade Mão Amiga, no bairro Ipiranga. Desta vez, nossa atenção se voltou principalmente para os idosos da comunidade e, como não poderia deixar de ser, também tivemos a companhia sempre bem-vinda das crianças.

Não podemos deixar de mencionar a presença de alguns alunos da Faculdade de Comunicação Social (FACOM), da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), que acompanharam toda a nossa movimentação na instituição que em breve completará 28 anos. Conheça mais sobre a Associação Mão Amiga acessando o blog criado por esses alunos (www.sociedademaoamiga.blogspot.com).

Nosso encontro começou às 14h e logo a casa estava cheia. A Dra. Sara Cura e o mágico Gedair levaram gargalhadas e momentos de grande descontração aos mais jovens e aos mais idosos, provando que a alegria não tem idade. Na hora do lanche foi servido sanduiche, cachorro quente, torta salgada e suco.

O Grupo conversou com a senhora Maria Aparecida Jacob, 81 anos, viúva, moradora da comunidade e assistida pela Casa. Dona Aparecida, como é carinhosamente conhecida, aprendeu a escrever seu nome e a ler com a ajuda da instituição que oferece aulas de reforço para as crianças interessadas.Eu sempre quis escrever; era meu sonho desde criança. Como venho de uma família muito grande e pobre, tive que trabalhar desde cedo e o estudo ficou para trás, conta D. Aparecida.

O relato segue emocionado. sete anos conheci a professora Penha, no Projeto Curumim (situado em Santa Luzia) e falei para ela que eu queria aprender a escrever meu nome. Ela pediu que eu fosse na Mão Amiga que ela ia me ensinar. No primeiro dia eu mal sabia segurar o lápis. Fui devagar e um dia eu escrevi uma carta para ela agradecendo. Você não sabe o que é conhecer os ônibus, os bairros sem precisar ficar perguntando para os outros no ponto.
 
Dona Aparecida é natural de São João Nepomuceno e, além dos seus três filhos biológicos, adotou mais oito, mesmo diante de toda dificuldade enfrentada na vida. Seu exemplo de superação faz-nos meditar acerca da persistência de nossos sonhos frente às adversidades, e como aprendemos junto àqueles que pressupomos ajudar.
 
Quando perguntada sobre a importância da Associação Mão Amiga e sobre a presença do Grupo Arte do Bem naquele dia, a senhora respondeu de imediato:Aqui é uma maravilha de Deus. É o lugar que me acolheu. É uma mão amiga mesmo! Quando vejo grupos como vocês, de pessoas jovens, saírem de casa num domingo, deixando tudo para trás para passar um domingo com a gente, agradeço a Deus por isso. Para estar aqui quem tem o coração muito grande (...).
O que Dona Aparecida talvez ainda não saiba é que ela tem um coração enorme por nos ensinar tanto e nos dar a oportunidade de, com ela, aprendermos um pouco mais sobre como encarar a vida com tanto otimismo, humildade, força de vontade e por aguçar em nós a certeza de que temos muito ainda a aprender.

Ricardo Assis.

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