"Percorri, creio que, uns 800m na travessia (calculei 70 cm de largura). Na maior parte não há proteção alguma."
"Andamos em fila indiana, dando passagem para quem viesse no sentido contrário. Sem cuidado, há risco de cair dentro do córrego. Pensei nas crianças, nos dias de chuva, na escuridão da noite."
"Em dias de chuva forte o córrego transborda e não há como passar ali. As casas correm risco de serem inundadas. Neste local não há água encanada. Em todo o percurso me recomendaram cautela quanto a fotografar. Poderíamos estar sendo observados."
"Casa da Rosiléia. Fica acima do córrego. Repare a rachadura na parede. São três cômodos, sem porta. O banheiro é externo."
"Bica onde as mulheres lavam roupas e buscam água. Antes de chegar lá, passei por três traficantes. Às 22:00 h ninguém entra, com exceção dos traficantes."
"Os acessos entre as casas com suas passagens de degraus irregulares se entrecruzavam, saíamos de uma casa e já estávamos em outra."
"Oito crianças moram nesta casa, seis de uma mãe e duas de outra. O bebê não está na fotografia.Precisamos pedir a Deus pelo futuro delas e ter esperanças."
"Parte da casa de “Caldeirão”. Muitos entulhos, muita sujeira. Me permitiu fotografar sua casa. Um cheiro insuportável de mofo."
"Falta luminosidade, falta ar puro. Só vi mofo, entulho e sujeira. Impossível alguém viver ali."
"Neste cômodo há uma lâmpada muito fraca. Observe o mofo no teto. Não vi cano de água, não vi banheiro. Não suportei ficar mais tempo devido ao ar insalubre."
"Cida e “Caldeirão” (Fátima). O apelido? Levou um caldeirão para encher de sopa num dia de doação.Quer ganhar a reforma da casa no programa do Luciano Huck na esperança de ser ajudada."
"Maria Aparecida da Silva (Cida) está realizando a campanha do material escolar para 195 crianças (nesta visita foi feito o cadastro de novas crianças).
A educação ainda que precária e necessitando de reformas é nossa esperança para salvar estas crianças da marginalidade."
